Dá pra fazer esse joguinho bobo na Ilha do Campeche, em plena Florianópolis.
A água do mar transparente, os peixinhos, as tartarugas, tudo o que aparece na foto passa por paisagem caribenha fácil.
Mas a ilha tá ali, a menos de 10 minutos de bote, saindo da praia do Campeche. Um trechinho que vai custar uns bons cento e poucos reais pra um casal. A gente deu sorte de chegar na hora que um bote estava pra sair com dois lugares sobrando, então rolou um desconto legal. Dá pra ir a nado também, se você encarar quase 2 mil metros de braçadas.
Fomos em março, depois que a maioria dos turistas de Floripa já voltou pra Buenos Aires, Curitiba e São Paulo, ficamos no Recanto do Neca. A pousada super simples não tem nem café da manhã, mas não faltam boas padarias perto.
A vantagem é que quando seu pé atravessa o portão da pousada, já pisa na areia. No final do caminho de 5 minutos de areia fofa você já avista a ilha e os botes que vão te levar pra mergulhar no mar transparente e brigar por comida com guaxinins.
Chegando na ilha você é recebido por voluntários que te explicam que o local é protegido, que tem número máximo de visitantes por dia e que se você deixar lixo vai ser jogado aos tubarões. Essa última parte é brincadeira, os tubarões não merecem comer gente sem educação.
Resolvidos os rápidos trâmites burocráticos, já paramos no quiosque de mergulho e fechamos o pacote básico. Pé de pato e esnorkel na mão, roupa de mergulho deixando a gente empacotado no vácuo e água. Dez minutos de explicações e treino, subimos no barco que dá uma pequena meia volta na ilha pra deixar a gente no ponto de mergulho.
A água estava um pouco escura, mas deu pra ver tartarugas e muitos peixes. Tem muita pedra e pouca vegetação marinha, mas a brincadeira, que custa uns 60 reais, vale a pena. Não é mergulho com cilindro, o máximo de profundidade que se vai é uns 10 metros – minha máscara escapou e desci com o guia pra buscar só pra ver se conseguia ir até o fundo – mas o investimento é meio que obrigatório se você veio até aqui.
De volta à praia, só tem um restaurante e um quiosque de lanche. A relação qualidade da comida X preço é nível aeroporto. O peixe até era honesto, a porção bem servida, mas pelo mesmo preço, em outro lugar…enfim, se não quiser morrer em mais um dinheiro, leve um lanche bem servido na mochila.
E cuidado com os guaxinins mesmo: bobeou, eles pulam em cima da mesa pra comer sua comida. A fofura, principalmente dos filhotes, é só truque pra chegar perto. Guaxinim é ardiloso, não confia não.
Fim do dia, de volta à ilha de Florianópolis, depois de um bom banho, o melhor lugar pra ir é a avenida do Campeche. Numa das ruas laterais, achamos o Pátio Biergarten. Foi sem querer mesmo, mas parece que a gente sempre é atraído por bares que têm boas cervejas.
O Pátio, além de várias torneiras com chopps locais e de outras regiões de Santa Catarina, ainda tem uma cozinha sensacional, com petiscos bem elaborados, criativos e saborosos. Vale uma segunda visita, mas se você quiser esticar até a Lagoa da Conceição em busca de mais agito, pode ir no Books & Beers que vai encontrar cerveja tão boa quanto e comida quase tão legal.