Se você gosta de ostentação, sertanejo universitário e/ou funk e está mais interessado em quantos likes vai ter suas fotos de viagem, partiu Capitólio.

Se você gosta de natureza, de cachoeiras e paisagens, partiu Capitólio. Mas não esqueça de levar bastante paciência na bagagem.

Capitólio é uma meia verdade. A principal atração da região é o lago de Furnas, uma área alagada para a usina hidrelétrica construída nos anos 70. Tem várias cachoeiras e trilhas, além da própria usina (um passeio legal, mas rápido), mas o lago atrai o povo feito mosca no bolo.

Fomos no fim do ano, pra passar o Reveillón, sainda da calma, tranquilidade e tradição da Serra da Canastra. Apesar dos cento e poucos km que separam as duas regiões, a impressão é que o mundo virou de ponta cabeça.

Pra começar, todas as atrações são pagas – e em 3 pessoas (filhota se juntou a nós), qualquer passeio ia doer no bolso.

Mas a sorte é que somos pé frio de vez em quando. Na primeira noite no Chalè Mixirica, uma pousada familiar bem simpática e confortável, caiu o mundo. Foi tanta chuva que no dia seguinte a cidade fechou.

Até conseguimos entrar em um parque sem pagar, junto com os donos, que queriam ver o estrago da chuva. Depois fomos indo aqui e ali, achando cachoeiras, mirantes e outras atrações gratuitas, às vezes de capa de chuva, ás vezes torrando no mormaço.

Como sempre, a gente encontra diversão. Mas Capitólio é um destino que precisa de investimento. É tudo meio longe, você passa um bom tempo no carro e mesmo no passeio de lancha (obrigatório), anda-se bastante até chegar nas cachoeiras. A cidadezinha é agradável e tem alguns lugares gostosos, nada memorável, mas vai crescer muito ainda.

Não é muito o nosso tipo de turismo, mas valeu. Se você estiver passando por lá, aproveite pra conhecer. E se você tiver um helicóptero e uma lancha como muitos lá têm, pode me convidar.