O título desse Post poderia ser: triplamente enganados.
Há duas rotas para fazer essa etapa: a mais curta, com subidas mais fortes, e a mais longa com subidas mais suaves.
Como para chegar no hotel ontem, tivemos que pedalar 5 km dentro da rota mais longa, a decisão ficou fácil: Pedra Preta.
Enganados pela primeira vez: as subidas não são assim tão fáceis e a variação é maluca. Parece que o caminho resolveu zoar a gente: quando parecia que ia ter uma subida longa, aparecia uma outra subida. E mais outra. E mais outra.
O segundo engano foi a previsão do tempo. No celular e na TV era certo que o calor ia ser mais ameno, que seria um dia mais nublado. Olhe as fotos e você vai ver que o céu continuou muito azul. E como em todos os dias, a parte mais desprotegida do caminho foi feita entre 10h e 12h.
Faltando 6 km pra acabar a etapa e mais 5 km pra chegar no hotel, aparece uma cachoeira na beira da estrada, com direito a altar e santo. Tomamos praticamente um banho, de roupa e tudo, e fizemos o último lanche.
A última recarga de energia na cachoeira foi na conta certa pra enfrentar mais alguma subidas marotas e o pó da estrada.
Aí chegamos no terceiro engano: nosso “hotel”, que na verdade é uma cabana de filme de terror. Parece que alguém mora aqui, mas o dono não está. Quem nos recebe é a Bia, dona da lanchonete, restaurante e bar do mesmo nome, que fica em frente.
Simpática e direta, Dona Bia tinha frango com polenta e aipim frito no almoço e geladeiras cheias de cerveja.
Logo mais vamos pra lá, jogar sinuca, jantar e beber mais algumas pra noite passar mais rápido.
Caso o Jason não apareça com uma serra elétrica no meio da noite, amanhã enfrentamos a última etapa. Os últimos 50 km, com a descida mais íngreme e a subida mais forte. Mas com a última placa do circuito como recompensa no final.