Açaí, Cupuaçu, Taperebá, Muruci, Tapioca e Bacuri. Tacacá, Tucupi e Vatapá. Pirarucu e Filhote. Técnico: Carimbó.

A escalação da seleção do Pará é invencível. E olha que nessa lista, tirando o técnico, é tudo comida. Os pontos turísticos, mesmo sendo sensacionais, ficam no banco de reservas.

Comer é uma atividade realmente diferente em Belém. Pra nós, que somos do sul/sudeste do Brasil, os sabores e temperos são muito desconhecidos, precisa de tempo pra entender o que está no prato e acostumar o paladar.

Pra nós, a região norte do Brasil era ainda desconhecida. E era a única que nossos pés não tinham pisado ainda. Não devia ter demorado tanto!

Viajar pra qualquer lugar é bom, mas quanto maior a diferença de clima, cultura, paisagem, língua e costumes entre sua casa e seu destino de férias, maior a experiência.

Nesse ponto, Belém foi uma escolha perfeita. Bem na virada de 2018 pra 2019, quando o Brasil inteiro se divide entre esperança e desconfiança, recarregar as energias numa cidade tão original deu uma virada em nossas cabeças.

Ir no fim do ano tem suas vantagens e desvantagens. Estamos no inverno aqui, com fuso de uma hora pra trás em relação aos estados que adotam horário de verão. O calor é forte, mas não tanto, chove mais e os hotéis estão baratos.

Nessa situação, a gente se adapta. Pegamos um hotel 4 estrelas (Radisson, valeu a pena), com piscina, sauna e academia – além de um café da manhã com mais variedades de tapioca que a gente conseguia comer em uma só refeição. Em compensação, a chuva que podia cair a qualquer hora deu uma freada em nossos planos de fazer passeios de barco e conhecer as ilhas e praias fora da cidade.

Ficamos numa (doce) rotina de café – passeios – almoço – soneca da tarde – piscina/sauna/academia – jantar. Driblamos a chuva tranquilamente, inclusive por poucos segundos – conto mais tarde. Pra quem quer conhecer a cidade e ainda se aventurar pela natureza, o ideal é ir no verão, quando a chuva cai sempre por volta das 14h e dura pouco.